O texto é referente a doenças do nosso cotidiano.
A
síndrome da gripe
É de
causar um grande questionamento e reflexão o que houve com a sociedade em geral
em relação à gripe suína.
Na
escola ocorreu um processo violento de inversão de valores e prioridades. Não
havia preocupação com o pedagógico, mas sim com a higiene, o cuidar, o isolar.
E, claro, priorizar os pedidos que a Saúde Pública havia feito para as escolas.
Ao
recebermos as crianças dentro da escola observamos um fenômeno que jamais
havíamos vivido. As crianças voltaram com seus padrões de comportamento,
limites, atitudes e a percepção pedagógica completamente modificados e
esquecidos. O que houve com elas foi a pergunta que assolou a escola.
Depois
de muitas conversas, reflexões, conclui-se que elas voltaram de uma situação de
hiperproteção e imensa informação, mas não somente no que diz
respeito à higiene e aos cuidados com a gripe, mas emocionalmente e psicologicamente dimensionado, de extrema liberação de padrões de comportamento.
respeito à higiene e aos cuidados com a gripe, mas emocionalmente e psicologicamente dimensionado, de extrema liberação de padrões de comportamento.
O
estudar não entrou na lista das prioridades. O ficar em casa sim. Traduzido
pelo fato de que o importante é você estar bem, dentro de casa, perto da
família, vivo e saudável. Ir para a escola pode significar um risco. Um grande
risco. Os valores e prioridades se inverteram. Aliás, mudaram de patamar de
importância, pois o mais importante é não pegar a gripe. O restante ficou
secundário.
Isso
leva a sociedade escolar a grandes reflexões. Como estamos preparando nossos
alunos para trabalhar as dificuldades da vida? Como nossos pais/adultos estão
vivendo frente às dificuldades que a vida nos traz? E o que houve com a
população adulta? Nós, adultos, passamos três a quatro semanas de olho nos
jornais, nos telejornais, voltados em resultados de estatísticas, para os
números de óbitos, para o alarde gerado em função da gripe.
É
importante salientar o que a pandemia mudou dentro de nós. Talvez seja uma
pergunta que ainda não tenhamos a resposta pronta. Talvez essa resposta precise
de mais algum tempo para ser encontrada.
Sei
apenas que voltar ao normal, viver a normalidade da vida, nos custa a
resiliência extrema. Custa-nos a união, a solidariedade e a humildade. Assim
não perderemos a capacidade de educar e ensinar, aprender e viver um mundo
melhor.
Vida
urbana e doenças mentais
O ser humano que vive e trabalha numa cidade poder
se acometido por doenças causadas pela poluição sonora, trânsito caótico,
violência urbana, lixo, empurrões e outros fatores estressantes. As pessoas são
atraídas para trabalhar e viver nas cidades pela possibilidade
de obterem melhores empregos e melhores “oportunidades” de trabalho.
Há cerca de 50 anos atrás, menos
de um terço da população mundial vivia nas cidades, em 2012 esse número havia
subido para mais da metade da população mundial. A perspectiva para o ano de
2050 indica que 70% de toda a população do mundo esteja vivendo em cidades.
O aumento da população urbana,
além de gerar maior demanda nos setores de transporte, emprego e segurança,
afeta diretamente nas condições de vida, do ser humano poder viver com
saúde e boa expectativa. As cidades poderão deixar de ser o melhor lugar para se viver.
Segundo o Instituto Central
de Saúde Mental de Mannheim, o aumento da população urbana tem sido acompanhado
pelo aumento da ocorrência de distúrbios psíquicos nos cidadãos. Uma das
doenças mais verificadas, a depressão, já causou o custo de 120 bilhões de euros ao ano para os governos e
cidadão europeus.
Além da depressão, o estresse e o caos urbano também causam demência,
ansiedade e psicose. Porém, na sociedade e no dia a dia a frequência dessas
doenças são subestimadas pelo próprio doente, principalmente quando a doença
está em seu estágio natural, pela sociedade e pelas empresas, afinal, quase
todo mundo sente dores de cabeça, sobrecarga diária e tristeza, as doenças
somente se tornam mais visíveis quando atingem níveis mais agudos.
Na Alemanha, entre os anos 2000 e
2010, o número de afastamentos médicos causados por doenças mentais dobrou. Na
América do Norte, a depressão foi a principal causa dos 40% dos caos de licença
médica.
No Brasil, segundo dados do
Núcleo Epidemiológico da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo, a ansiedade, a depressão e a dependência química são causadas
diretamente pela violência urbana e falta de qualidade de vida. Os mais
vulneráveis são aqueles que vivem em regiões periféricas e mais pobres de uma
determinada cidade.
Fontes:
http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/16237/Mas+condicoes+de+vida+criam+transtornos+mentais
http://envolverde.com.br/saude/medicos-veem-relacao-entre-vida-urbana-e-disturbios-mentais/
http://www.dw.de/m%C3%A9dicos-veem-rela%C3%A7%C3%A3o-entre-vida-urbana-e-dist%C3%BArbios-mentais/a-16328906
http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/16237/Mas+condicoes+de+vida+criam+transtornos+mentais
http://envolverde.com.br/saude/medicos-veem-relacao-entre-vida-urbana-e-disturbios-mentais/
http://www.dw.de/m%C3%A9dicos-veem-rela%C3%A7%C3%A3o-entre-vida-urbana-e-dist%C3%BArbios-mentais/a-16328906
Queda
das mortes por AIDS entre 2005 e 2011
Segundo o Unaids, programa da ONU contra a AIDS, em
relatório divulgado em 2012, houve importantes avanços no combate e no controle
da doença em todo o mundo no período de 2005 e 2011. Segundo o relatório, o
número das mortes causadas por AIDS caíram 24% no período.
No ano de 2005, o número de
falecimentos por causa da doença foi de 2,2 milhões de pessoas; em 2011, foram
1,7 milhão. A queda é devido ao aumento do tempo de vida dos portadores da
doença. Nos anos 1980, cada soropositivo tinha um tempo médio de vida de cinco
meses, nos dias atuais esse tempo de vida chega a mais de dez anos.
Os dados oficiais indicam a
existência de 8 milhões de soropositivos que receberam o tratamento adequado em
2011 nos países subdesenvolvidos, equivalente a 20% a mais em comparação com o
ano de 2010. A infecção entre crianças também teve queda no número de casos
pelo segundo ano consecutivo.
A Unaids divulgou que , em 2011,
mais da metade das mulheres soropositivas grávidas , cerca de 1,5 milhão,
receberam tratamento antirretrovirais para não transmitirem o vírus para seus
filhos. Em 2010, esse tratamento foi dedicado a menos da metade.
A ONU considera a queda no número
de casos e de infecção como um dos mais fortes passos para alcançarmos uma
geração livre da AIDS. Até o ano de 2015, a meta é tratar cerca de 15 milhões
de portadores da doença. O ponto negativo foi a ocorrência de 2,5 milhões de
novas infecções pelo HIV em 2011. Atualmente, há 34,2 milhões de soropositivos
em todo o mundo.
Nos últimos anos, nos EUA, está
em desenvolvimento de testes simplificados de AIDS que poderão ser vendidos nas
farmácias. O FDA, agência norte-americana que regula a produção e
comercialização de remédios e alimentos nos país, declarou que a venda do teste
de farmácia poderá ser liberado entre 2012 e 2013, a um preço final de 60
dólares.
Segundo o governo dos EUA, o país
possui cerca de 1,2 milhão de pessoas infectadas pelo HIV e, anualmente, são
registrados 50.000 novos casos. No cenário mundial, o Brasil ainda é o país que
mais luta pela liberação de patentes de medicamentos para o combate da doença,
entre os continentes a América Latina apresenta uma cobertura mais ampla no
atendimento aos soropositivos, referente a 70% da população infectada; as
regiões do mundo que menos oferecem atendimento são o Oriente Médio e o norte
da África com percentual de 13%; e as regiões do Leste europeu e Ásia Central,
com 23%.
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