quinta-feira, 2 de maio de 2013

Atualidades, texto sobre doenças


O texto é referente a doenças do nosso cotidiano.
A síndrome da gripe


É de causar um grande questionamento e reflexão o que houve com a sociedade em geral em relação à gripe suína.

Na escola ocorreu um processo violento de inversão de valores e prioridades. Não havia preocupação com o pedagógico, mas sim com a higiene, o cuidar, o isolar. E, claro, priorizar os pedidos que a Saúde Pública havia feito para as escolas.

Ao recebermos as crianças dentro da escola observamos um fenômeno que jamais havíamos vivido. As crianças voltaram com seus padrões de comportamento, limites, atitudes e a percepção pedagógica completamente modificados e esquecidos. O que houve com elas foi a pergunta que assolou a escola.

Depois de muitas conversas, reflexões, conclui-se que elas voltaram de uma situação de hiperproteção e imensa informação, mas não somente no que diz
respeito à higiene e aos cuidados com a gripe, mas emocionalmente e psicologicamente dimensionado, de extrema liberação de padrões de comportamento.

O estudar não entrou na lista das prioridades. O ficar em casa sim. Traduzido pelo fato de que o importante é você estar bem, dentro de casa, perto da família, vivo e saudável. Ir para a escola pode significar um risco. Um grande risco. Os valores e prioridades se inverteram. Aliás, mudaram de patamar de importância, pois o mais importante é não pegar a gripe. O restante ficou secundário.

Isso leva a sociedade escolar a grandes reflexões. Como estamos preparando nossos alunos para trabalhar as dificuldades da vida? Como nossos pais/adultos estão vivendo frente às dificuldades que a vida nos traz? E o que houve com a população adulta? Nós, adultos, passamos três a quatro semanas de olho nos jornais, nos telejornais, voltados em resultados de estatísticas, para os números de óbitos, para o alarde gerado em função da gripe.

É importante salientar o que a pandemia mudou dentro de nós. Talvez seja uma pergunta que ainda não tenhamos a resposta pronta. Talvez essa resposta precise de mais algum tempo para ser encontrada.

Sei apenas que voltar ao normal, viver a normalidade da vida, nos custa a resiliência extrema. Custa-nos a união, a solidariedade e a humildade. Assim não perderemos a capacidade de educar e ensinar, aprender e viver um mundo melhor.

 

Vida urbana e doenças mentais

 
O ser humano que vive e trabalha numa cidade poder se acometido por doenças causadas pela poluição sonora, trânsito caótico, violência urbana, lixo, empurrões e outros fatores estressantes. As pessoas são atraídas para trabalhar e viver nas cidades pela possibilidade de obterem  melhores empregos e melhores “oportunidades” de trabalho.

Há cerca de 50 anos atrás, menos de um terço da população mundial vivia nas cidades, em 2012 esse número havia subido para mais da metade da população mundial. A perspectiva para o ano de 2050 indica que 70% de toda a população do mundo esteja vivendo em cidades.

O aumento da população urbana, além de gerar maior demanda nos setores de transporte, emprego e segurança, afeta diretamente nas condições de vida, do ser humano poder viver  com saúde e boa expectativa.  As cidades poderão deixar de ser o melhor lugar para se viver.

Segundo o  Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim, o aumento da população urbana tem sido acompanhado pelo aumento da ocorrência de distúrbios psíquicos nos cidadãos. Uma das doenças mais verificadas, a depressão, já causou o custo de 120 bilhões de euros ao ano para os governos e cidadão europeus.

Além da depressão, o estresse e o caos urbano também causam demência, ansiedade e psicose. Porém, na sociedade e no dia a dia a frequência dessas doenças são subestimadas pelo próprio doente, principalmente quando a doença está em seu estágio natural, pela sociedade e pelas empresas, afinal, quase todo mundo sente dores de cabeça, sobrecarga diária e tristeza, as doenças somente se tornam mais visíveis quando atingem níveis mais agudos.

Na Alemanha, entre os anos 2000 e 2010, o número de afastamentos médicos causados por doenças mentais dobrou. Na América do Norte, a depressão foi a principal causa dos 40% dos caos de licença médica.

No Brasil, segundo dados do Núcleo Epidemiológico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a ansiedade, a depressão e a dependência química são causadas diretamente pela violência urbana e falta de qualidade de vida. Os mais vulneráveis são aqueles que vivem em regiões periféricas e mais pobres de uma determinada cidade.



Queda das mortes por AIDS entre 2005 e 2011


Segundo o Unaids, programa da ONU contra a AIDS, em relatório divulgado em 2012, houve importantes avanços no combate e no controle da doença em todo o mundo no período de 2005 e 2011. Segundo o relatório, o número das mortes causadas por AIDS caíram 24% no período.

No ano de 2005, o número de falecimentos por causa da doença foi de 2,2 milhões de pessoas; em 2011, foram 1,7 milhão. A queda é devido ao aumento do tempo de vida dos portadores da doença. Nos anos 1980, cada soropositivo tinha um tempo médio de vida de cinco meses, nos dias atuais esse tempo de vida chega a mais de dez anos.

Os dados oficiais indicam a existência de 8 milhões de soropositivos que receberam o tratamento adequado em 2011 nos países subdesenvolvidos, equivalente a 20% a mais em comparação com o ano de 2010. A infecção entre crianças também teve queda no número de casos pelo segundo ano consecutivo.

A Unaids divulgou que , em 2011, mais da metade das mulheres soropositivas grávidas , cerca de 1,5 milhão, receberam tratamento antirretrovirais para não transmitirem o vírus para seus filhos. Em 2010, esse tratamento foi dedicado a menos da metade.

A ONU considera a queda no número de casos e de infecção como um dos mais fortes passos para alcançarmos uma geração livre da AIDS. Até o ano de 2015, a meta é tratar cerca de 15 milhões de portadores da doença. O ponto negativo foi a ocorrência de 2,5 milhões de novas infecções pelo HIV em 2011. Atualmente, há 34,2 milhões de soropositivos em todo o mundo.

Nos últimos anos, nos EUA, está em desenvolvimento de testes simplificados de AIDS que poderão ser vendidos nas farmácias. O FDA, agência norte-americana que regula a produção e comercialização de remédios e alimentos nos país, declarou que a venda do teste de farmácia poderá ser liberado entre 2012 e 2013, a um preço final de 60 dólares.

Segundo o governo dos EUA, o país possui cerca de 1,2 milhão de pessoas infectadas pelo HIV e, anualmente, são registrados 50.000 novos casos. No cenário mundial, o Brasil ainda é o país que mais luta pela liberação de patentes de medicamentos para o combate da doença, entre os continentes a América Latina apresenta uma cobertura mais ampla no atendimento aos soropositivos, referente a 70% da população infectada; as regiões do mundo que menos oferecem atendimento são o Oriente Médio e o norte da África com percentual de 13%; e as regiões do Leste europeu e Ásia Central, com 23%.

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